Paz na Educação



Pazear a Educação
Educar para Cultura de Paz e Não-Violência
Mediante as necessidades e demandas de transformação de nosso planeta, e principalmente de nossa sociedade, faz-se essencial o desenvolvimento de novos padrões mentais e de relacionamentos, e que só poderão ser desenvolvidos a partir de uma reformulação dos padrões e das relações educacionais.
Neste modelo, não só conteúdos, métodos e ferramentas do novo padrão, precisam ser transmitidos, mas também, o exemplo, a conduta exemplar, passa a ter predominância nestes novos padrões de relacionamentos.
Assim, no processo educacional da Cultura de Paz e Não-Violência, educadores, estudantes e famílias participam do processo, o diálogo multi-lateral, o desenvolvimento de metas e ações em conjunto, a articulação de diferentes e opostas idéias são elementos do próprio conteúdo e método da educação, ou seja, o participar é uma ferramenta essencial para que este processo educacional ocorra.
Fundamentação Teórica
O material e a apresentação desenvolvidas neste trabalho buscam sua referência no movimento gandhiano, e os ideais e processos dos movimentos de não-violência por ele inspirado.
Destacam-se como bibliografia de base, os trabalhos do filósofo francês Jean-Marie Muller, e do sociólogo e matemático Johan Galtung, cujo trabalho serve de base para as Nações Unidas na área de Resolução de Conflitos. Além, é claro, da obra do próprio Gandhi.
Outro material utilizado é o livro “Mestres da Cultura da Paz” de Vitor Caruso Jr. que aponta trabalhos de pessoas referências nas mais diversas áreas, e que se baseiam em uma Cultura de Paz. Entre os vários depoimentos utilizados neste trabalho, destacam-se os de Zilda Arns, Leonardo Boff, Lia Diskin, Monja Coen, Clóvis Borges (SPVS) e Rodrigo Rocha Loures (FIEPR)
Para material de apoio ao desenvolvimento de atividades, a referência está na Cartilha: “Paz, como se faz?” de autoria de Lia Diskin e Laura Gorresio Roizman.

Trabalho por Público-Alvo

Procuramos classificar inicialmente o trabalho, e apresentações, em três grupos distintos, e a partir desta abordagem inicial dividida, o maior aprofundamento para qualquer um que esteja interessado.

Os três grupos a que nos referimos são: estudantes, educadores e família; sendo uma abordagem inicial específica para cada um deles.
Estudantes: Este trabalho necessita ser subdivido entre infanto-juvenil e pré-adulto, devido à diferença de realidades e conceitos explorados. No trabalho infanto-juvenil o foco reside nas dinâmicas e atividades cooperativas, desenvolvendo nos alunos novas maneiras e métodos de relação não-conflituosa, a teoria é passada apenas através da apresentação de alguns ícones da cultura de paz e suas vidas. No trabalho com pré-adultos, além dos formatos já utilizados junto ao público infanto-juvenil, inicia-se um aprofundamento das estruturas teóricas, e um estudo mais denso sobre a biografia dos ícones da cultura de paz.
Familiares: O trabalho com familiares enfoca a conscientização da necessidade de novos paradigmas educacionais-sociais com base em uma cultura de paz.
Educadores: O trabalho com os educadores inicia com uma mescla da conscientização feita com familiares, a abordagem do público infanto-juvenil e um tratamento mais pedagógico-prático sobre o tema.
Lideranças em Cultura de Paz e Resolução de Conflitos: Esta seria uma formação para aqueles que querem se aprofundar no tema, de qualquer grupo, e que queira se tornar um desenvolvedor de projetos e propostas sobre o tema, intermediar questões e conflitos, desenvolver metodologias interdisciplinares e multiplicar os conceitos.
Dentro do desenvolvimento de lideranças, a relação de conhecimento transversal com outros projetos e ações da ONU, como os Objetivos do Milênio, se fazem presentes, não só na perspectiva teórica, mas na possibilidade de desenvolvimento de lideranças locais que ajudem na realização de novos projetos.